O Brasil é um país de contrastes. E não apenas pela divisão de riquezas entre os estados ou questões sociais. Com sua extensão continental, mescla construções tecnológicas e grandes arranha-céus, com verdadeiras obras de arte arquitetônicas que resistiram ao tempo. Manter essa convivência em perfeita harmonia traz desafios diários, entre os quais buscar formas de respeitar o passado, garantindo a segurança e a funcionalidade do presente.
Isso fica muito claro no segmento de controle de acessos. Equipamentos utilizados há décadas em instalações dos mais diversos tipos, como fábricas, hospitais, escolas, clubes e grandes edifícios, as famosas catracas são essenciais para o funcionamento desses espaços. Mas como implementar algo que consiga atender às expectativas e aos mais altos padrões, sem interferir na aura e na estrutura do espaço?
O segredo está em um estudo prévio aprofundado de cada projeto. Ainda que os equipamentos sejam produzidos em série e possam ser utilizados em diversas aplicações diferentes, é importante que haja uma preocupação em compreender o espaço onde os aparelhos serão instalados e quais suas peculiaridades.
Um exemplo que gosto muito de citar para elucidar esse tema é o da Mansão das Rosas, em São Paulo. Projetada pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo em meados de 1930, o bem foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico (CONDEPHAAT) em 1985, sendo restaurado em diversas oportunidades. Atualmente conhecido como Centro Cultural Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, oferece uma série de atividades voltadas à cultura.
Na parte traseira do terreno foi construído em 1990 um edifício comercial, o Parque Paulista, projeto concebido com o comprometimento de respeitar e manter as características visuais da Casa das Rosas.
Com estilo imponente e todo envidraçado, o local foi um dos precursores desse modelo na cidade. A inovação não estava só na fachada. O prédio caprichou nas instalações, empregando tecnologias de última geração, como o já citado controle de acessos em diversos pontos da unidade. No caso específico desses controles, o avanço tecnológico está possibilitando o surgimento de equipamentos cada vez mais eficientes.
No início deste ano, o prédio passou por nova modernização. Desta vez, um projeto completo de controle de acesso possibilitou a instalação de aparelhos de ponta. Barreiras de vidro, que dispensam o contato do usuário, trouxeram conforto, segurança e um ar mais moderno. O projeto foi desenvolvido por engenheiros de uma das mais tradicionais empresas do segmento, em conjunto com integradores de soluções. O resultado? Uma conexão harmoniosa entre tradição e modernidade.
Este é só um entre tantos outros exemplos positivos de edificações que conseguiram unir novas tecnologias às belezas tradicionais, respeitando o espaço e as características de obras de outras épocas. Isso prova que segurança e conservação da história podem, sim, andar lado a lado. Preservar o patrimônio histórico é preservar a cultura e a identidade do país. É preciso que a construção de um Brasil moderno esteja ligada à conservação da memória, história, modernidade e segurança. Todos esses conceitos juntos, andando lado a lado, possibilitam ganhos para todos os envolvidos.